Todos os dias milhares de pessoas passam por nossas vidas, seja no caminho de casa para o trabalho, seja indo a padaria, enfim sempre temos a oportunidade de conhecer pessoas. E quando não ocorre naturalmente tratamos de usar a internet para dar uma forcinha. Eis que em meados de 2003 após um término de relacionamento onde fatalmente eu sai na pior, resolvi me inscrever num destes sites de relacionamentos para dar um “up” no meu ego que estava feridinho, um mimo para mim, um momento confete, na verdade não queria uma nova relação, só queria ouvir que era linda, interessante a nora que mamãe pediu a Deus...rs..como muitos descreviam em seus e-mails. Depois de algumas pesquisas optei por um site e me cadastrei, montei um perfil 100% verdadeiro e coloquei algumas fotos, pois sem fotos ia ser difícil despertar interesse em alguém só descrevendo a minha inteligência e simpatia, hoje em dia infelizmente o mundo é muito visual e pouco conteúdo. Recebi inúmeros e-mails de todos os tipos de homens e como mulher inteligente que sou soube bem filtrar as “cantadas virtuais”. No meio de 100 e-mails recebidos, por exemplo, poderia considerar uns 5 ou 6. Divertia-me demais lendo as coisas que alguns escreviam, algo bem Ctrl c / Ctrl v...rs...o famoso copie e cole. Era óbvio para mim que muitos escreviam as mesmas ladainhas para todas, pura falta de criatividade ou pura cara de pau. Afinal estamos lá todos expostos como mercadorias a serem apreciadas, eu não podia exigir muito. Como mencionei, queria dar um tempo na minha cabeça e curtir um momento confete. Talvez nem precisasse de internet, era só passar em frente a uma obra que os peões gritariam “Você é o ovo do meu bife à cavalo”....romântico? ...rs...Somente engraçado e de péssimo gosto, então o mais seguro seria o site de relacionamentos.
Depois de muitas triagens, conheci algumas pessoas interessantes, todas elas me agregaram algo. Com alguns ficou só na amizade e com 2 somente tive um envolvimento digamos mais intenso, que foram válidos, mas não duraram o suficiente para eu ter o esperado sapo ao meu lado.
Desses amigos cibernéticos, um deles tenho contato até hoje e é sobre ele que falarei pois sua amizade é válida e me agrega, ele aprende comigo e eu aprendo com ele.
Quando ele me escreveu seu intuito não era ter uma amiguinha, era um homem já maduro e talvez tenha visto em mim a possibilidade de viver algo.
Escreveu-me, li seu e-mail e depois de um tempo fomos nos encontrar, lembro bem que nessa época eu era um pouco intragável, como ele mesmo me disse um tempo depois..rs...sempre tive o péssimo hábito de manter um nariz empinado, principalmente com as pessoas que não conhecia. Simpatia decididamente não era o meu forte, na verdade as pessoas só passariam a gostar de mim se eu fizesse a minha parte, ou seja, se eu quisesse que gostassem de mim. Confesso que assim que eu o vi pensei “Nada a ver comigo, mas como já estou aqui...vamos lá..”
Lembro-me de sua figura alta, era um homem de porte, ele foi gentil, educado. Não lembro ao certo onde fomos, mas acho que não durou muito tempo.
Depois disso não saímos mais, eu não gostei e não achei que valeria a pena sair novamente, sempre fui muito prática, nunca gostei de prolongar coisas que não me fizessem sentido. Sai do site, não achei nada que mudasse a minha vida totalmente, me contentei com as amizades.
Depois de muitas triagens, conheci algumas pessoas interessantes, todas elas me agregaram algo. Com alguns ficou só na amizade e com 2 somente tive um envolvimento digamos mais intenso, que foram válidos, mas não duraram o suficiente para eu ter o esperado sapo ao meu lado.
Desses amigos cibernéticos, um deles tenho contato até hoje e é sobre ele que falarei pois sua amizade é válida e me agrega, ele aprende comigo e eu aprendo com ele.
Quando ele me escreveu seu intuito não era ter uma amiguinha, era um homem já maduro e talvez tenha visto em mim a possibilidade de viver algo.
Escreveu-me, li seu e-mail e depois de um tempo fomos nos encontrar, lembro bem que nessa época eu era um pouco intragável, como ele mesmo me disse um tempo depois..rs...sempre tive o péssimo hábito de manter um nariz empinado, principalmente com as pessoas que não conhecia. Simpatia decididamente não era o meu forte, na verdade as pessoas só passariam a gostar de mim se eu fizesse a minha parte, ou seja, se eu quisesse que gostassem de mim. Confesso que assim que eu o vi pensei “Nada a ver comigo, mas como já estou aqui...vamos lá..”
Lembro-me de sua figura alta, era um homem de porte, ele foi gentil, educado. Não lembro ao certo onde fomos, mas acho que não durou muito tempo.
Depois disso não saímos mais, eu não gostei e não achei que valeria a pena sair novamente, sempre fui muito prática, nunca gostei de prolongar coisas que não me fizessem sentido. Sai do site, não achei nada que mudasse a minha vida totalmente, me contentei com as amizades.
Por um tempo eu e esse homem alto fomos conversando, falávamos através do MSN. Ele sempre teve um tipo de humor que me incomodava quando conversávamos e muitas vezes fui indelicada em certos comentários que ele fazia, parecia que gostava de me irritar e conseguia. Ele levou na esportiva por um tempo só que um dia se cansou do meu jeito esnobe e parou de falar comigo. Naquele momento não me abalou em nada, afinal quem era ele para falar do meu jeito de ser? Eu estava muito bem assim, obrigada! Os incomodados que se mudem, já dizia minha mãe....
O tempo passou e um dia ele voltou a falar comigo, eu ainda tinha alguns vícios de comportamento, mas ele se acostumou ao meu jeito e eu ao dele. Fomos aparando as arestas e aos poucos fomos nos entendendo e mudando algumas coisas. Ou será que fui só eu que mudei?
Ele sempre me disse que eu tinha um jeito pouco humilde de olhar as pessoas e que um homem ao me avistar pensaria duas vezes antes de se arriscar e falar comigo. No começo não dei muita importância às coisas que ele dizia, mas com o tempo vi que eu precisava mudar, precisava aceitar as pessoas como elas eram e jamais achar que eu era melhor que os outros.
Voltamos a nos encontrar e hoje conversamos sobre tudo, sobre nossas vidas. Ele casou, disse que cansou de me esperar e não teve paciência com meu jeitinho ácido. O bom é que me redimi de mala, como ele me chama carinhosamente, a nécessaire. Sempre estamos em tempo de mudar e mudar para melhor.
Sentimos-nos a vontade para falar de coisas íntimas como em um dia que ele me contou sobre um problema de família, uma pessoa querida e já idosa que precisa dele, o senti triste por não saber que decisão tomar, esse fardo é pesado demais até para um homem grande como ele, difícil saber que uma decisão sua pode mudar a vida de alguém.
Esse dia eu vi o quanto é valioso conhecer pessoas, como é valioso dar a oportunidade de se envolver com as pessoas sem interesses obscuros. Como é valioso ser querido por alguém, lembrado, admirado. Nesse dia vi que homem também sente, pede colo quando necessita. Nem sempre eles querem ficar no seu canto, às vezes eles querem um ombro para encostar, um abraço para sentir o calor, um carinho ou simplesmente seu silêncio e compreensão.
Hoje sou humilde o suficiente para saber que perdi a oportunidade de ter uma pessoa de caráter ao meu lado.
O tempo passou e um dia ele voltou a falar comigo, eu ainda tinha alguns vícios de comportamento, mas ele se acostumou ao meu jeito e eu ao dele. Fomos aparando as arestas e aos poucos fomos nos entendendo e mudando algumas coisas. Ou será que fui só eu que mudei?
Ele sempre me disse que eu tinha um jeito pouco humilde de olhar as pessoas e que um homem ao me avistar pensaria duas vezes antes de se arriscar e falar comigo. No começo não dei muita importância às coisas que ele dizia, mas com o tempo vi que eu precisava mudar, precisava aceitar as pessoas como elas eram e jamais achar que eu era melhor que os outros.
Voltamos a nos encontrar e hoje conversamos sobre tudo, sobre nossas vidas. Ele casou, disse que cansou de me esperar e não teve paciência com meu jeitinho ácido. O bom é que me redimi de mala, como ele me chama carinhosamente, a nécessaire. Sempre estamos em tempo de mudar e mudar para melhor.
Sentimos-nos a vontade para falar de coisas íntimas como em um dia que ele me contou sobre um problema de família, uma pessoa querida e já idosa que precisa dele, o senti triste por não saber que decisão tomar, esse fardo é pesado demais até para um homem grande como ele, difícil saber que uma decisão sua pode mudar a vida de alguém.
Esse dia eu vi o quanto é valioso conhecer pessoas, como é valioso dar a oportunidade de se envolver com as pessoas sem interesses obscuros. Como é valioso ser querido por alguém, lembrado, admirado. Nesse dia vi que homem também sente, pede colo quando necessita. Nem sempre eles querem ficar no seu canto, às vezes eles querem um ombro para encostar, um abraço para sentir o calor, um carinho ou simplesmente seu silêncio e compreensão.
Hoje sou humilde o suficiente para saber que perdi a oportunidade de ter uma pessoa de caráter ao meu lado.
Dei-me conta de que ele não era só um Homem Grande, ele é um Grande Homem.
Na verdade nada mudou, essência nunca muda, o que varia é a quantidade que aplicamos dela nos diversos personagens que passam por nossa vida, alguns mais, outros menos. E a reação de cada um deles quando em contato com ela. Aversão, raiva, ódio, amor, pena, carinho e por ai vai, uma infinidade de reações diferentes para cada um. Creio que duas coisas aconteceram, você aprendeu a dosar essa essência e eu tive a felicidade de estar aqui quando isso aconteceu.
ResponderExcluirUM GRANDE HOMEM, UM HOMEM GRANDE.
Te Adoro. Beijos